VACINA CONTRA HPV
O HPV (Papiloma Vírus Humano) é um vírus responsável por lesões nos órgãos genitais femininos e masculinos. Existem mais de cem subtipos de vírus HPV, uns de maior e outros de menor gravidade em relação às lesões causadas e aos tratamentos requeridos. A forma de transmissão é a sexual, sendo que o tempo entre a transmissão e o aparecimento da lesão pode ser de vários anos, o que facilita a sua disseminação entre as pessoas que praticam relações sexuais desprotegidas. Outro fator agravante é a ausência de sintomas em lesões graves, o que dá a falsa idéia de saúde, mesmo em casos de doenças já em estágios avançados.
Existem subtipos mais agressivos e responsáveis por lesões de maior gravidade, como o 16 e o 18, bem como outros responsáveis apenas por lesões verrucosas, que merecem tratamento mas que, geralmente, não estão associadas a patologias graves.
A vacina para HPV foi desenvolvida e pesquisada nessa década, devido ao grande número de casos de lesões por HPV que vêm acontecendo no mundo, em particular no Brasil, em populações femininas cada vez mais jovens. Hoje, é assustadora a crescente incidência em jovens com menos de 20 anos de idade, o que muito preocupa em termos de saúde pública e reprodutiva. Gasta-se muito, no Brasil, com tratamento das lesões causadas por esse vírus e medidas extremas urgem em serem tomadas para conter o avanço e as seqüelas reprodutivas causadas por eles.
Existem a vacina bivalente e a tetravalente, respectivamente, contra dois e quatro subtipos de vírus, entre eles os mais agressivos. A vacina está indicada, principalmente, para meninas antes de iniciarem a vida sexual, onde tem o melhor efeito e proteção, mas pode ser usada também após o início da vida sexual, devido à existência de vários subtipos que podem ser transmitidos em épocas diferentes da vida. Portanto, não é apenas o ginecologista, mas o pediatra, um dos principais responsáveis pela prescrição dessa vacina e pela ajuda em conter essa epidemia que se alastra velozmente entre a população brasileira feminina adolescente.
A vacina, portanto, está indicada, praticamente, entre os 10 e 40 anos de idade, nas mulheres, mas resultados positivos podem ocorrer também em homens. Casos raros de contra-indicação são detectados pelo médico antes da prescrição. Importantíssimo frisar que, mesmo coma existência da vacina, o uso do preservativo continua obrigatório nas relações sexuais, sendo que esse uso nunca deve ser abolido, pois vírus mais graves podem surgir e pela existência de doenças sexualmente transmissíveis, gravíssimas e incuráveis, como a infecção pelo HIV, Hepatite B e C. Os exames de rotina, como o preventivo para câncer do colo do útero, também devem ser realizados sempre, independente da existência da vacina.