GINECOMASTIA
O termo ginecomastia traduz o crescimento benigno do tecido glandular da mama masculina. Pode variar desde um discreto aumento atrás da aréola até o desenvolvimento de mamas semelhantes a mamas femininas.
Sua ocorrência é mais comum em adolescentes (principalmente entre 13-14 anos) e em homens mais velhos (60-65 anos). Nestas situações, geralmente os processos são transitórios, sem necessidade de tratamento específico.
A ginecomastia pode ser ocasionada, também, por uso de medicamentos e por determinadas doenças (p.ex.: doenças do fígado, rins e testículos). São as chamadas ginecomastias secundárias, nas quais o tratamento consiste na suspensão dos medicamentos envolvidos ou na correção da doença em questão. As principais drogas relacionadas à ocorrência de ginecomastia são: espironolactona, digitálicos, cimetidina, antidepressivos tricíclicos, flutamida, ciproterona e reserpina.
Quando o quadro ocorre fora do período da adolescência e senectude, após excluir-se uso de medicamentos e doenças já existentes, deparamo-nos com a chamada ginecomastia idiopática e deve-se realizar exames hormonais para esclarecimento: dosagem de HCG, testosterona, estradiol e LH.
É importante diferenciar a ginecomastia, basicamente, de 2 condições: a pseudoginecomastia (crescimento mamário, no homem, devido à obesidade) e o câncer de mama masculino. A mamografia é o exame de imagem de escolha para a avaliação.
O tratamento cirúrgico, muito utilizado no passado, fica reservado para aqueles casos de não regressão e/ou situações que causam desconforto estético ao paciente.
É necessária, sempre, uma correta avaliação por um médico especialista, esclarecimentos adequados a respeito do quadro e uma criteriosa indicação terapêutica na abordagem da ginecomastia.