CÂNCER DE MAMA

O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais freqüente em mulheres no Brasil, ficando atrás, apenas, de alguns tipos de câncer de pele. Está entre as principais causas de morte no sexo feminino em todo o mundo. Assumiu o primeiro lugar como causa de câncer ginecológico e, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados 49.400 novos casos da doença durante o ano de 2008 (representando 50,7 casos para cada 100.000 mulheres no país).

A faixa etária de maior incidência é dos 45 aos 60 anos de idade, com a maior parte dos casos ocorrendo após a menopausa.

A doença é silenciosa em suas fases iniciais. Daí a importância dos exames de rotina e da mamografia. Os sintomas mais comuns, quando surgem, são o aparecimento de nódulo na mama, secreção aquosa ou sanguinolenta pelo mamilo, retração da pele e ulceração no mamilo. A dor mamária é infreqüente, estando presente, apenas, em fases mais avançadas da doença.

A Sociedade Brasileira de Mastologia promoveu, recentemente, uma Campanha Nacional de Combate ao Câncer de Mama, focando primordialmente a prevenção. Infelizmente, o câncer de mama não é passível de medidas preventivas eficazes. Dessa forma, todos os esforços no seu combate visam à chamada prevenção secundária, ou seja, ao diagnóstico e tratamento precoces.

A realização do exame clínico e da mamografia constitui a ferramenta mais eficaz para o diagnóstico inicial do câncer mamário. Mulheres a partir dos 40 anos de idade devem realizar anualmente o exame mamográfico, que demonstrou ser o melhor exame de rastreamento e capaz de diminuir a mortalidade por câncer de mama em até 30%. Além disso, possibilita visualizar lesões com milímetros de diâmetro, bem antes de evoluírem e se tornarem um nódulo palpável.

Quando diagnosticado precocemente, as chances de cura são altas.

O tratamento do câncer de mama evoluiu muito nos últimos anos. Hoje, a cirurgia conservadora representa a modalidade de tratamento cirúrgico mais utilizada, proporcionando, quando seguida de radioterapia, resultados oncológicos semelhantes à mastectomia. Assim, as pacientes não só obtêm alta sobrevida e possibilidade de cura, como mantêm altíssima qualidade de vida após o tratamento.