CISTOS MAMÁRIOS
Os cistos mamários são achados bastante freqüentes, durante a vida da mulher. Podem ser de tamanhos variáveis, uni ou bilaterais, palpáveis ou não. Geralmente, só causam sintomas quando atingem maiores volumes, provocando dor e/ou desconforto localizado, devido à distensão gerada por seu crescimento.
Representam, caracteristicamente, o processo involutivo da mama. A partir dos 30 – 35 anos de idade, a mama feminina entra em um processo natural de involução. Nesta fase, é comum haver um quadro de obstrução dos ductos mamários, que, então, se dilatam e acumulam secreção. Desta forma, leva-se à formação de “bolsas” contendo líquido no seu interior. São os chamados cistos mamários.
A faixa etária mais atingida vai dos 35 aos 50 anos de idade. Após a menopausa, tendem a regredir. Exceto em mulheres que fazem reposição hormonal, cuja tendência é haver persistência de seu desenvolvimento.
O diagnóstico dos cistos mamários é clínico e, especialmente, ultrassonográfico. Uma das principais indicações do ultra-som das mamas é fazer a diferenciação entre um nódulo sólido e um nódulo cístico (líquido). A punção, muitas vezes imprescindível, funciona como método diagnóstico e, nos casos em que houver necessidade de esvaziamento do cisto, também como tratamento.
O líquido de um cisto mamário possui, habitualmente, coloração clara, esverdeada ou amarelo-palha. Nos casos cujo líquido apresenta-se com aspecto diferente do habitual, faz-se necessário o envio do material para análise citológica.
Os cistos simples (os mais freqüentemente encontrados) são condições benignas, sem qualquer indicação de cirurgia para retirá-los. Já os cistos complexos, devem ser investigados cirurgicamente, pois existe o risco de portarem uma lesão maligna. A presença, portanto, de uma área sólida dentro de um cisto na mama requer cuidados especiais. Cerca de 20 a 25% destas áreas intracísticas podem corresponder a um câncer de mama.